domingo, 2 de agosto de 2015

Santa Maria Madalena


Ela é identificada em várias momentos da vida pública de Cristo com variadas histórias e acontecimentos, arcando com um papel fundamental. É das poucas mulheres a quem o Evangelho refere com nome próprio, e que conheceu uma enorme transformação, pois seria a mulher a quem Cristo expulsou sete demónios, a mesmo que também acompanhou a Virgem a pé no caminho para o Calvário - participando na morte e sepultamento -, quem na manhã da ressurreição se dirige ao túmulo com perfumes e por fim a primeira a quem Cristo aparece. É identificada como sendo igualmente a irmã de Marta e Lázaro, vivendo uma vida dissoluta quando os seus pais morreram. Ao fazer as partilhas, Maria terá ficado com o castelo de Magdala daí o seu nome, até chegar à conversão, no momento alto da sua hagiografia quando lava os pés de Cristo com as suas lágrimas, os perfuma com preciosos perfumes, os enxuga com os seus cabelos - o que era símbolo da devassidão e imoralidade passa a instrumento de redenção. Depois da morte de Jesus e encontrando-se desterrada, retirou-se como eremita para um gruta onde viveu por trinta anos, comendo raízes. Com o tempo as suas roupas gastaram-se e romperam-se, sendo que os cabelo cresceram para a cobrir. Recebia constantemente a visita de anjos, que no dia da sua morte a terão levado a receber o SS, elevando-a depois ao céu.

Atributos iconográficos: O mais antigo e constante é o vaso de perfumes que quase sempre transporta, a longa a farta cabeleira, símbolo típico da mulher cortesã; As vestes amarelas - cor associada à sensualidade estão presentes também nesta imagem e em várias associadas à Santa; a Madalena penitente mostra-se com vestes andrajosas, com crânio na mão ou junto de si - símbolo da fugacidade da vida e um crucifixo junto do qual ora.Na pintura é possível perceber o crescimento dos cabelos para cobrir o seu corpo desnudo

É patrona dos perfumistas, ao qual os produtores de unguentos também reclamaram para si. Por causa do seu seu jarro, também se tornou patrono dos aguadeiros. Claro que não ficaram esquecidos os cabeleireiros e barbeiros e curiosamente dos hortelãos, pois quando Cristo lhe apareceu havia tomado o aspecto de um hortelão.

Maria Madalena penitente, Tintoretto, (Musei Capitolini, Roma, 1598-1602)

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