quinta-feira, 16 de abril de 2015

Alfa e Ómega

As letras maiúsculas gregas, assim associadas com extraordinária frequência - sendo a primeira e última letras do alfabeto grego e em razão disso, segundo vetusta representação, as chaves do universo - são sempre, quer venham acompanhadas de figuras de Cristo, quer formem parte de outros símbolos, confissões de fé em Cristo alusivas a Ap 22,13: "Eu sou o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim". O emprego dessas letras como símbolos deve reconduzir-se a tempos pré-constantinianos. No séc. IV, pode-se encontrar na Grécia, Ásia Menor, Palestina, Arábia, Núbia, Itália, Gália e África do Norte, estando já bastante espalhado, sobretudo nas inscrições sepulcrais, sarcófagos e em livros litúrgicos. Em frescos nas catacumbas surgem as letras Alfa e Ómega somente depois do séc. V. As duas letras encontram-se na maioria das vezes ladeando pela direita e esquerda o monograma de Cristo.

Cristo com barba, 380 d.C, Catacumbas de St Comodila, Roma

0 comentários:

Enviar um comentário

 
Lovingly designed by Tasnim