quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Imaculada Conceição



O dogma da Imaculada Conceição era inexistente até o Papa Pio IX o proclamar a 8 de Dezembro de 1854. A figura de Maria, triunfante sobre o pecado e ainda preservada do pecado original, é uma das mais populares e difundidas imagens marianas. Na arte ocidental, esta imagem deu origem a uma série de convenções iconográficas e devocionais (cores, atitude, e estrutura geral) digno de ícones bizantinos. Os Franciscanos levantaram a questão da Imaculada Conceição na segunda metade do século XV. A difusão generalizada do abraço de Joaquim e Ana na Porta Dourada deve ser considerada à luz da iniciativa dos frades daquela época. A imagem da Imaculada fixou-se no século XV tomando como base o texto do Apocalipse: “ Um grande sinal apareceu no céu: uma Mulher vestida de sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça.” Em algumas representações calca a serpente. “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela; esta te ferirá a cabeça”, acrescentando assim a ideia de nova Eva eleita para vencer o mal e restaurar a pureza primitiva. A expressão “Imaculada Conceição” foi e é por vezes interpretada incorretamente como para se referir à conceção de Jesus em vez de Maria. Este lapso levou a interpretar que “sem pecado original” significa “sem relações carnais”. Claramente, embora, o Pecado Original é uma culpa transmitida por Adão e Eva a todos os seres humanos, excepto Maria, a única isenta de tal por intervenção divina.
O livro do Apocalipse é a fonte para a coroa de doze estrelas; numa interpretação simbólica de Maria como alegoria da Igreja as estrelas traduzem os apóstolos. O seu vestido branco imaculado expressa a pureza absoluta de Maria; a serpente e a maçã representam as armadilhas do mal e recordam o pecado de Eva de que Maria é excepção. Os lírios que portam os anjos reafirmam a virtude da perfeita pureza de Maria. O globo simboliza o mundo que é cercado pela serpente mas protegido por Maria e o crescente lunar debaixo dos seus pés significa que Ela ( e portanto, alegoricamente, a Igreja) está acima da mutabilidade dos destinos e situações.

Imaculdade Conceição, Mariano Salvador Maella,

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