quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O Paraíso



No século XIV, influenciado pela Divina Comédia de Dante, os artistas começaram a criar imagens do Paraíso como uma sequência de círculos concêntricos, também chamados de coros celestes, rodeando o núcleo que contém Jesus. Este último é representado dentro de um escudo dourado, assistido por um Serafim, os anjos que estão mais próximos de si. Abaixo do Filho, no centro das hostes celestes, está uma grande figura de Maria coroada no interior de uma mandorla dourada. Está em posição orante, confirmando a sua aceitação do plano redentor de Deus, no instante em que foi escolhida para ser parte do plano divino D'ele
Imagens do Reino Celeste começam a aparecer na Idade Média em conexão com o Juízo Final e são um tema frequente em frescos decorando interiores de cúpulas, ábsides das abóbadas e a parede fundeira de igrejas e capelas. Enquanto que as imagens iniciais representavam um maravilhoso jardim rodeado por uma exuberante vegetação, os posteriores sublinham a paz e a harmonia de um mundo povoado pelas almas dos eleitos. A rígida hierarquia de anjos e santos e a perfeita simetria das composições são destinadas a transmitir o sentido de calma intrínseco aos lugares sagrados.

Giusto de' Menabuoi, Paraíso, 1375-76, Baptistério, Pádua.

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