De acordo com várias premonições bíblicas do Juizo Final,
antes do Apocalipse os mortas ressuscitarão. Aí os justos irão começar a sua
vida eterna no reino de Deus, enquanto que os condenados serão sentenciados ao
sofrimento eterno no Inferno. Obviamente, a Virgem aparece nestas composições
ao lado de Cristo como o elo de ligação entre Deus e os homens. De facto, é
importante notar que ela é geralmente representada com olhar doce para as almas
dos eleitos no reino celestial enquanto Cristo olha severamente, por vezes
duramente, para aqueles que descem para o fogo. Até mesmo os Santos e os
eleitos, perfeitamente colocados à volta da mãe e do Filho, esperam
ansiosamente para escutar o veredito. O Juizo Final será um tempo de
reconciliação entre Deus e o Homem quando o pecado original - trazido para o
mundo por Eva - é redimido diante de toda a Sagrada Família, a Trindade com a
Virgem Maria. No Juizo Final a preocupação não será com as ações de cada homem
ou mulher em particular, mas com de toda a raça humana. Segundo Mateus:
"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da
terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder
e grande glória." Diante de tanta grandeza Maria permanece pela humildade,
graça, fé e esperança cristãs. Ela é a encarnação da Arca da Aliança entre Deus
e os Homens,
Stephen Lochner, O Juizo Final, cerca de 1435, Museu
Wallraf-Richartz, Colónia
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