A cena retratada nesta pintura, passa-se em Jerusalem, cerca de um ano antes do nascimento de Jesus, sendo relatado na Legenda Aurea e no Proto-Evangelho de Tiago.
Ao fazer os catorze anos, assim como as suas companheiras com quem vivia, devia deixar o templo de Jerusalém para volta para casa dos pais e aí arranjar um marido. Ela manteve, no entanto, que foi destinada para a vida religiosa e não para o casamento, mas Zacarias, futuro pai de João Baptista, havia recebido instruções de um anjo para assim proceder.
Assim, o sumo-sacerdote arranjou uma forma de testar qual era realmente a vontade divina. Mandou chamar todos os homens que não eram casados da região que fossem descendentes da casa de David ( ou, de acordo com outra tradição, os representantes de cada uma das doze tribos de Israel) e pediu que colocassem as suas varas em volta do altar. O viúvo e idoso José hesitou e quase recusou deixar a sua vara no altar, pelo facto de ser viúvo e já ter filhos. Contudo, ele aceitou deixar a sua vara no altar junto das restantes durante a noite e, na manhã seguinte, a sua encontrava-se florida saindo de lá um pomba branca. José torna-se assim escolhido mas, nem o relato da Legenda Aurea nem o Proto-Evangelho de Tiago (apócrifo) falam de “casamento” mas antes “esponsais” como uma espécie de acordo, pois José deveria tomar Maria somente para sua protecção.
Na pintura vemos José retratado como um jpvem e Maria corada por flores rodeados por um coro de anjos que assiste à cerimónia. A vara de José encontra-se florida, sinal do escolhido. Zacarias, o sumo-sacerdote, abençoa o "acordo" onde eles unem as mãos, mas em pinturas em que o tema é tratado como casamento as duas figuras trocam alianças.
Escola de Cuzco,
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