A seguidora Danielle Rocha
aguarda ansiosamente por esta publicação, por essa razão, hoje saiu.
Já havia falado sobre o tema do
Regresso da Fuga, agora voltando um pouco atrás trago a Fuga para o Egipto.
Dos quatro Evangelhos Canónicos,
apenas são Mateus faz referência a esta passagem numas breves linhas:
"Lavanta-te, toma o Menino e Sua mãe e foge para o Egipto; fica lá até que
eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar(...). " (MT
2:13). Este aviso chegou a José sob a forma de um sonho onde um Anjo lhe dá
ordens específicas sobre como dever proceder. Uma vez mais é a Legenda Aurea e
os Evangelhos Apócrifos que recheiam estes episódios de forma mais rica e mais
fantasiosa. Ora presumivelmente, esta Fuga deu-se depois da Epifania (ou Adoraçao
dos Magos) quando estes não quiseram ceder a Herodes a localizaçao de Jesus.
Novamente, os Apócrifos da Infância dizem-nos que quando se deu o momento da
Epifania tinha Jesus dois anos - o que pode justificar a ordem da Matança dos
Inocentes a todos os meninos dos dois anos para baixo. O tema da Fuga, por
vezes confundido com o do Regresso, apresenta detalhes iconográficos
importantes para marcar a diferença: a Fuga dá-se com Maria sentada no jumento
e Jesus é ainda bebe sendo o Regresso o oposto Jesus é já uma criança e caminha
a pé com os pais. Escolhi propositadamente esta representação porque ela
apresenta cenas em continuidade, ou seja, é um acontecimento com micro
acontecimentos. Na primeira perspectiva vemos a família que foge, mas mais ao
fundo vemos outras representações, todas elas de tradição apócrifa que ficarão
para uma próxima.
Mestre das Meias-Figuras
Femininas (Holandês activo entre 1525-1550), A Fuga para o Egipto, c. 1530-35.
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