Quando Débora era juíza em
Israel, decidiu mandar as tribos hebraicas em batalha conta os nativos
Cananitas liderados pelo general Sísera. Jael, membro da tribo dos Queneus,
inimigo histórico dos israelistas, quebrou as regras e decidiu lutar pelo
hebreus. Quando Sísera, pensando que as duas tribos se haviam pacificado,
aceitou o convite de Jael para se juntar a ela na sua tenda. Ela recebeu-o,
ofereceu-lhe leite e convidou-o a descansar. Assim que ele caiu num sono
profundo, Jael matou-o usando uma cavilha e um martelo, provavelmente feitos de
madeira, similares aos que os Beduínos usavam para firmarem as suas tendas no
solo. A transformação de Jael, de uma pacífica e hospitaleira anfitriã para uma
resoluta, forte e corajosa mulher, faz dela a perfeira pré-figuração de Maria,
a Libertadora, ela que firmemente esmaga a cabeça da serpente.
Também Débora canta um hino de
louvor a Deus apó Jael chamar Barak, comandante das tropas israelitas para que
visse o seu feito. Débora ressalta ainda que o povo de Meroz, subjugado pelo
medo, não tomou o lado de Israel e como foi uma simples mulher que salvou o
dia. Por essa razão, Débora chama-lhe "bendita entre todas as
mulheres", a mesma saudação que Isabel dirigiu a Maria.
Artemisia Gentileschi, Jael e
Sísera, cerca de 1620, Museus de Belas-Artes de Budapeste
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